O impacto do uso indevido de metilfenidato no contexto acadêmico: revisão integrativa
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Resumo
Os psicoestimulantes, como o metilfenidato (Ritalina®) e a lisdexanfetamina (Venvanse®), são
medicamentos usados para aumentar a motivação, a concentração e o desempenho cognitivo, além
de possuírem efeitos antidepressivos. Embora amplamente usados no tratamento do Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), seu uso inadequado, especialmente sem prescrição
médica, tem crescido em ambientes acadêmicos, onde muitos estudantes recorrem a eles para
aumentar o foco e prolongar o tempo de estudo. Embora não haja evidências de que os
psicoestimulantes melhorem o desempenho cognitivo em indivíduos saudáveis, muitos usuários
ignoram os riscos, como dependência e danos à saúde, incluindo complicações cardíacas, ansiedade,
insônia e cefaleias. O objetivo do presente estudo é analisar o uso indevido de psicoestimulante
(metilfenidato) no ambiente acadêmico e abordar seu mecanismo de ação, as principais causas desse
uso, bem como os riscos associados. Esse estudo trata-se de um artigo de revisão de literatura, entre
2014 e 2024, com base em dados disponibilizados pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A pesquisa
revelou uma tendência preocupante de consumo de substâncias como o metilfenidato, principalmente
com o objetivo de melhorar a performance cognitiva e enfrentar a privação de sono. Os dados
mostraram que o consumo não prescrito de metilfenidato é mais comum entre homens e está associado
a efeitos colaterais significativos, como dependência, ansiedade e outros problemas de saúde. O uso
no ambiente acadêmico é preocupante e reflete o crescente impacto da medicalização em questões
relacionadas ao desempenho estudantil como aumento de concentração, motivação e redução da
necessidade de sono. Portanto, esses efeitos são acompanhados por sérios riscos principalmente
quando utilizados por indivíduos sem condições médicas diagnosticadas.